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Há um ano, CONSERV remunera produtores para não suprimirem florestas

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Por Sara R. Leal¹

O desmatamento possui dois lados: o ilegal e o legal. Este último corresponde a áreas de floresta localizadas em propriedades privadas, passíveis de serem suprimidas com o aporte do Código Florestal.

Há um ano, o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), junto ao EDF (Environmental Defense Fund) e ao Woodwell Climate Research Center, com apoio dos governos da Noruega e dos Países Baixos, colocou em operação um projeto único no mundo, capaz de remunerar produtores rurais da Amazônia Legal para manter em pé suas áreas passíveis de supressão legal.

Nesses doze meses, foram realizados 25 pagamentos a produtores rurais do município de Sapezal (MT), por 8.500 hectares de floresta conservados – número que corresponde a mais de 11.500 mil campos de futebol.

Em comemoração aos resultados que o Conserv tem obtido desde o seu lançamento em 2020, o IPAM, o EDF e o Woodwell Climate realizam na quinta-feira (14/10), às 17h, um evento on-line para debater a supressão legal, seus efeitos na regulação do clima e o que pode ser feito para impedir que quilômetros de mata sejam convertidos, evitando, assim, cerca de três anos de emissões brasileiras.

Além de apresentar os resultados da iniciativa e sua operação na prática, representantes do IPAM, do setor financeiro e do agronegócio debaterão sobre a importância de incentivos econômicos para manter florestas em propriedades privadas, e como esse passo é relevante para o desenvolvimento de uma visão econômica moderna global e nacional, que concilie produção e conservação.

Na conversa, transmitida ao vivo por meio desta plataforma, participam a diretora de programas e projetos do Fundo JBS pela Amazônia, Andrea Azevedo; a chefe de engajamento do setor financeiro da Tropical Forest Alliance/World Economic Forum, Danielle Carreira; o produtor rural de Sapezal (MT), integrante do Conserv, Redi Biesuz; e a diretora adjunta de desenvolvimento territorial, Lucimar Souza. Um grupo escolhido a dedo para oferecer leituras distintas a partir da ciência, da economia e do agronegócio.

Como anfitrião do evento, estará o diretor executivo do IPAM, André Guimarães, e a moderação ficará por conta do jornalista Maurício Oliveira.

Inscreva-se no evento aqui.

Sobre o Conserv

Privado e de adesão voluntária, o mecanismo remunera, desde outubro de 2020, produtores rurais da Amazônia Legal comprometidos a conservar áreas de vegetação nativa que poderiam ser suprimidas legalmente em suas propriedades.

 

¹Jornalista e analista de Comunicação no IPAM, sara.pereira@ipam.org.br

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