CONSERV

Produtores rurais relatam experiência com o CONSERV no Maranhão

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Suellen Nunes*

Produtores rurais que participam do projeto CONSERV compartilharam a experiência durante o 4º Encontro Anual dos Diálogos da Soja Sustentável, em Chapadinha (MA), no mês de outubro.

O CONSERV faz parte de uma iniciativa de paisagem chamada “Produtores em Foco”. Além da remuneração, prevê ATER (Assistência Técnica Rural) para apoiar boas práticas no uso da terra e melhorias para aumento da produtividade; além de ações de governança que incluam compliance e certificação da produção. A iniciativa é fruto da parceria entre o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Produzindo Certo e o IPCI (Instituto Produzir, Conservar e Incluir), do Governo de Mato Grosso, com apoio do SCF (Soft Commodities Forum) e Abiove.

“O programa entra como uma fonte auxiliar de renda, que ajuda a investir na própria fazenda, seja em maquinário para combate a incêndios ou em melhorias na gestão. A conservação da vegetação também traz benefícios diretos, como a proteção do solo, a manutenção da água e a preservação da biodiversidade da nossa área, garantindo melhores condições para produzir no futuro. Participar do projeto fortalece nossa imagem como produtores comprometidos com a sustentabilidade. Além disso, a iniciativa mostra que é possível conciliar agricultura e conservação”, explica Filomena Couto, produtora rural do CONSERV no Maranhão.

Para André Guimarães, diretor executivo do IPAM, o projeto é fundamental para assegurar a resiliência da agricultura e a segurança alimentar no longo prazo. “A sustentabilidade futura da produção de alimentos está diretamente ligada à preservação do uso responsável da terra, pois nossas lavouras dependem dos ciclos de chuva regulados pelas florestas. Com isso, criamos incentivos para conservar além do que exige o Código Florestal, alinhando-se ao grande desafio global de produzir mais alimentos em menos áreas, preservando e recuperando ecossistemas essenciais para enfrentar as mudanças climáticas”.

CONSERV no Maranhão

Neste ano, o CONSERV fechou sete contratos com grandes e médios produtores do Maranhão, garantindo a conservação de mais de três mil hectares de vegetação nativa que poderia ser legalmente desmatada. Com isso, o mecanismo já evita a emissão de 200.603 toneladas de carbono equivalente no estado, fortalecendo a estratégia de incentivar práticas sustentáveis e a manutenção das florestas em propriedades rurais.

Segundo Isabela Pires, coordenadora do IPAM no Maranhão, o programa contribui para a manutenção da vegetação nativa em pé e viva, com o monitoramento do uso do fogo nas propriedades e concretiza a ideia de remunerar o produtor pelos serviços ecossistêmicos prestados pela vegetação mantida. Assim, segundo ela, o projeto CONSERV vem se posicionando como uma iniciativa aliada dos produtores rurais comprometidos com a sustentabilidade no estado.

De 2020 a 2024, o projeto firmou 32 contratos em estados estratégicos como Mato Grosso, Pará e Maranhão, protegendo mais de 27 mil hectares de vegetação nativa excedente.

Analista de Comunicação do IPAM*

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